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30 anos
1984-2014, isto quer dizer 30! Trinta anos no Brasil; é a idade de nossa pequena Comunidade Territorial CRIC no Brasil. Não é simples resumir com poucas frases todo esse tempo, tempo vivido no mais amplo leque da experiência missionária neste imenso Brasil, país continental onde raças, culturas, etnias, religiões continuam se misturando, dando vida a uma realidade humana muito rica, mesmo com todas suas contradições.
Valeu a pena ter vivido todo esse tempo, tantas alegrias, esperanças, decepções... enfim um bom bucado da vida de algumas pessoas, leigas e consagradas que compõem nossa pequena comunidade?
Sim, valeu a pena e continua valendo.
Inciamos na diocese de Jataí, no estado de Goiás, perto da divisa com Mato Grosso. Uma experiência bonita, entusiasmante junto às comunidades espalhadas nas fazendas. O primeiro impacto com uma cultura diferente foi muito animador. Mas também marcado pela dor em consequência do assassinato de Vilmar José de Castro, incansável evangelizador no meio rural. Junto com ele, outros amigos, conhecidos tombaram pela ganância dos latifundiários. Mesmo assim, o anúncio do Evangelho de Jesus continuou firme e decidido.
Migramos por um bom tempo numa região do sul, no oeste catarinense, onde os agricultores plantam suas roças nas encostadas das serras. Tempo de graça, de aprendizagem, de caminhada na diocese de Chapecó junto ao querido bispo Dom José Gomes, de saudosa memória.
Quando começamos a investir na atividade vocacional, precisamos migrar outra vez e voltamos novamente para Goiás, esta vez nos arredores da capital, Goiânia. O muito querido Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, na época, arcebispo metropolitano de Goiânia, nos acolheu de braços abertos, confiando-nos pequenas paróquias que ainda acompanhamos.
Em todos esses anos nunca faltou um trabalho sério, dedicado com crianças necessitadas. Para isso dedicaremos uma parte deste nosso site.
E como comunidade religiosa?
Tivemos a alegria de crescer como número: três jovens brasileiros se tornaram padres em nossa comunidade. Mesmo que depois a vida obrigue a outras opções, só podemos agradecer a Deus e às comunidades pela presença deles.
No serviço ao Reino de Deus há lugar para todos, assim não podemos esquecer a presença silenciosa, constante, firme de duas mulheres que, mesmo sem consagração oficial alguma, souberam oferecer suas vidas no serviço a Deus no meio do seu Povo.
Nossa comunidade é pequena. Como as demais, sofre a crise vocacional, os momentos de desânimo e falta de fé. Mas também, o espírito do Ressuscitado nos dá a força de recomeçar cada dia, até tivermos forças suficientes para continuar nossa missão. A realidade em que vivemos clama por justiça, fraternidade, sobriedade, ajuda e tanto mais. Acreditamos que a vida religiosa seja essa caminhada bonita no meio das pessoas que creem na bondade de um Deus que é Pai e Mãe de todos.
"De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele". (Jo 3,17)