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Somos uma comunidade de padres que vivem a vida religiosa e são dedicados ao pastoreio do Povo de Deus. Em nossas Constituições ou Regras de Vida, colocamos bem no começo a Regra de S. Agostinho que poderia ser resumida com as seguintes características: vida apostólica, comunhão fraterna e oração.
Vida apostólica significa viver como os Apóstolos viveram com Cristo e suas comunidades. A comunhão fraterna é a conseqüência primeira de tal vida. Significa comunhão de bens, de sentimentos e de fé, tendo como fonte natural a oração. Em formas diferentes, nós CRIC tentamos viver o ideal de vida proposto por S. Agostinho segundo o espírito de Dom Gréa que restaurou a vida canonical. Como família religiosa procuramos professar e viver os conselhos evangélicos da castidade, da pobreza e da obediência com uma vida comunitária.
Por vida comunitária entende-se formar uma família cujos membros sejam animados pelo afeto recíproco, pela caridade. Numa palestra Dom Gréa dizia assim: "A caridade que nos une deve ser a mesma caridade que une o Pai e o Filho, isto é , o Espírito Santo.
Pelo Batismo o cristão é chamado ao amor para com Deus e com o próximo e nós religiosos procuramos realizá-los segundo essa forma de vida. Na Eucaristia e na oração comunitária encontramos a fonte e a expressão mais própria da comunhão de vida.
Os votos, ou conselhos evangélicos, são dons do Senhor que nos auxiliam no caminho à santidade, caminho ao qual todos os batizados são chamados. Não são um limite à liberdade humana, ou uma renuncia ao amor e à própria responsabilidade, e sim uma ajuda eficaz para se tornar testemunhas e apóstolos de Jesus. Precisa viver como Ele viveu.
Além do mais, os votos ajudam todos aqueles que, entre nós são também sacerdotes. O sacerdócio encontra uma grande ajuda na vida comunitária, nos votos e na oração.
A oração, comunitária, pessoal, litúrgica, a do Ofício Divino, caracterizam a nossa família religiosa, mesmo que outras congregações tenham o mesmo.
O que é que nos diferencia, ou melhor, que aponta o nosso lugar dentro da Igreja? Eis a nossa finalidade essencial: somos padres religiosos, pertencentes à Ordem Canonical, destinados ao serviço pastoral nas dioceses sob a jurisdição do Bispo. Essa idéia floresceu em toda Europa no século XII. O clero se agrupava em comunidades sob a direção do Bispo para exercer melhor o ministério pastoral. É essa uma exigência ainda muito atual.
Então nós CRIC não somos Monges de convento (tipo clausura) e tanto menos Sacerdotes diocesanos, ou clérigos emprestados a uma diocese. Mas numa única forma de vida juntamos os dois serviços para o bem da Igreja. O que marca a visão canonical em Dom Gréa é o lugar do Bispo dentro da Igreja. O Bispo, continuador dos Apóstolos, expressa, reúne, significa, apascenta as comunidades locais que formam a grande Mãe-Igreja.
Os campos de ministério para os CRIC não podem ser reduzidos unicamente ao ministério paroquial, mas devem se alargar a todas as necessidades do Povo de Deus em profunda comunhão com o Bispo e a Igreja diocesana. Onde o Povo de Deus apela, o cônego regular deveria estar lá.